PAIS DO INFANTÁRIO DO SALVADOR



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Este é um blog de pais para pais, está a ser agora criado e pretende que seja visualizado por todos aqueles que estiverem interessados. o objectivo é tentar aproximar a escola de todos os pais, está a ser lançado um desafio a todos, aqui podes deixar alguns comentários bons ou maus para que possam por todos ser discutidos.







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quarta-feira, 3 de março de 2010

Crianças e os animais- ensinar a responsabilidade


Ao lançar este tema debatemo-nos com mais do que um ponto de vista, claro que há pais que não tem nem disponibilidade nem condições fisicas para tamanha responsabilidade.

vamos tentar mostrar dois pontos de vista, ambos favoráveis e interessantes.


Os animais e o desenvolvimento emocional


Neste artigo vamos falar um pouco da relação entre a criança e estes animais e como podemos ajudar o desenvolvimento emocional de nossos filhos. Além do afecto, os animais também podem produzir outros benefícios para a saúde. É nisso que se baseia a “Terapia Assistida por Animais”. Segundo a Delta Society (http://www.deltasociety.org) , organização internacional com sede nos Estados Unidos que se dedica a reunir pacientes a animais treinados. As terapias assistidas por animais são capazes de promover melhoras físicas, sociais, emocionais e cognitivas humanas.
Quando a criança começa a crescer e sensibilizar suas relações de afecto, os objectos passam a ser substituídos por seres vivos. De todos os animaizinhos de estimação o mais comum e que mais se interage com o ser humano é o cão. Com ele a criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e vivenciar novas experiências. Há um ganho significativo aqui: a criança não mais interage com total poder sobre o objecto de afeição e suas acções provocam reacções. O cachorrinho pode correr para apanhar o objecto lançado, pode rosnar e até morder. Ele reage ao carinho, abana o rabo, pula...e agride, se maltratado. E não é só o cão que interage com a criança, apesar de ser o mais comum, outros animais também fazem papel importante. O gato se encosta e se permite ser tocado. Os peixinhos se alvoroçam no aquário quando a criança lhes joga o alimento. O passarinho pega o alpiste na mão da criança e seu encanto atrai pequenos e grandes. Além da relação de afecto que se desenvolve, do estímulo ao período sensório - motor, do tocar, do sentir, do explorar o corpo do animal e observar suas reacções, muitos conhecimentos são adquiridos, do campo psicológico ao campo científico.
Ter um animal também requer cuidados e estes cuidados, orientados pelo adulto, estimulam a autonomia e a responsabilidade. Cuidar da limpeza do bichinho e do seu habitat, cuidar da sua alimentação, dividir o seu pão e lhe oferecer um pedaço do seu biscoito, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afectivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, da frustração à alegria e até à morte. E nesta relação entre a vida e a morte que o animal de estimação têm um papel muito importante, a criança aprende lidar com a perda, com a dor. Um risco que todos correm e queremos evitar e poupar, mas o ciclo da vida está aí, mostrando a ordem natural das coisas.
Nesta convivência tão saudável e necessária, a criança está aprendendo e desenvolvendo suas relações afectiva para o futuro, influenciando na sua forma de se relacionar com as outras pessoas e respectivos parceiros, com segurança, compreensão, aceitação e respeito.
Se no mundo das artes encontramos lugar para o desenvolvimento da criatividade e do auto conhecimento, é no mundo da natureza que a criança desenvolve a sensibilidade, a observação, a compreensão e os sentimentos de solidariedade, generosidade, zelo, afecto e carinho.


Lucia Helena Salvetti De CicciDiretora de Conteúdo e Editora Chefe


Ensinar a Responsabilidade


Não se pode ensinar a responsabilidade dando a uma criança uma tarefa maior do que as suas capacidades. Os pais podem dar tarefas ligadas a alguns cuidados ou actividades a ter com o animal, dando o exemplo, mas sem que haja dúvidas sobre de quem é a responsabilidade final sobre esse mesmo animal.Ao decidir "dar" à criança um animal de estimação a pergunta deve ser: O adulto quer mesmo ter um animal de estimação? À criança deve ser dito que não se pode ter um animal sem ter a idade necessária para tomar totalmente conta dele. Tomar conta dele não é apenas dar-lhe de comer, limpar o seu espaço, providenciar o seu exercício. Tomar conta dele é também poder (e querer) gastar dinheiro com ele, poder (e querer) deslocar-se ao veterinário e dispor do espaço adequado para o animal viver com qualidade durante todo o seu tempo natural de vida.Estes critérios excluem, assim, as crianças, os adolescentes e muitos jovens adultos. Certo, e excluem também (infelizmente) muitos adultos.
Dar um animal para uma criança "tomar conta dele" é um desviar da atribuição da responsabilidade e pode ter consequências negativas (também) sobre o animal. Essas consequências vão desde a má alimentação aos maus-tratos e culminam no abandono: "A minha filha cresceu, saiu de casa e já não acha piada ao bicho… E eu não tenho paciência para tratar dele.". E o animal, de meia-idade, dificilmente será adoptado.Quem será responsável? Quem achou amoroso um gatinho bebé? Quem se esqueceu do tempo médio de vida do animal? A responsabilidade foi delegada na filha, que não estava à altura. Cada animal tem as suas características próprias, hábitos e necessidades, que devem ser maduramente ponderados. Para além disso, cada espécie tem uma esperança de vida média que deve ser considerada. O adulto responsável deve ter consciência destes factores e assumir o animal de estimação com a responsabilidade necessária a quem tem de cuidar (bem) de um ser vivo. Podem ponderar-se alternativas, até porque as condições que, a dado momento eram ideais ou adequadas, podem mudar - mas o bem-estar de todos deve ser garantido: pessoas e animais.A triste verdade é que muitos animais vivem nas condições que são escolha/conveniência das pessoas e muitas vezes demasiado inadequadas aos hábitos naturais do animal.E diz o adulto: "Estou a ensinar o meu filho a ser responsável. Ele tem de tomar conta do animal sozinho."Se faltar a água, se o animal estiver sujo, se a comida for pouca, inadequada ou demasiada, se o animal estiver adoentado ou infeliz - se o animal "viver" no quarto da criança, por exemplo, será que o adulto se apercebe?Na verdade, esse adulto está a ensinar que é aceitável pôr a vida de um ser vivo nas mãos de quem pode (ainda) não ser responsável para se ocupar (sem ajuda) dele.E isso é ensinar a irresponsabilidade.

Afinal, é bom ou não "dar" um animal de estimação a uma criança? É bom, claro, mas deve reflectir-se em conjunto sobre as implicações de o ter - é um ser vivo. O animal "é" da criança, mas o adulto tem de estar perfeitamente consciente de que é ele que se tem de responsabilizar, em última instância, por "ter" o animal.

Sem comentários:

o Porquê deste Blog

O blog surgiu a partir de um desafio, não posso dizer de quem mas acho que com o continuar todos vão perceber. Não quero fugir ao que me propus, que é informar ou pelo menos tentar explicar o porquê.

quem seguir o blog vai perceber que este é uma tentativa de complemento entre a Associação de pais, os pais e a Instituição, não pretendemos ser inovadores mas sim prestar um bom serviço.

– Recolher opiniões e pareceres dos Pais e Encarregados de Educação sobre problemas educativos e culturais, ou outros de interesse para os seus filhos e educandos, dando deles conhecimento a Escola/Infantário e outras entidades;

– Intervir junto das entidades oficiais e particulares, por si ou em conjugação com a Escola/Infantário, sempre que a sua acção possa ser de interesse dos alunos.

– Colaborar na realização e estimular as actividades culturais, recreativas, desportivas e de ocupação de tempos livres, promover debates, colóquios, conferências, sessões de estudo e outras actividades afins.

Este sera o proposito da Nossa Associação, quanto ao blog além de assuntos mais sérios podemos também "brincar".