
Pôr um bebé a dormir com os pais é ou não um erro do ponto de vista educacional? De todo, diz Pedro Caldeira da Silva, pedopsiquiatra do Hospital Dona Estefânia. Pode até ser a solução para alguns problemas. O médico dá o exemplo dos bebés irritáveis ou difíceis de acalmar. Dormir com os pais é, por vezes, o caminho para a tranquilidade. Esse é, aliás, um dos conselhos terapêuticos que frequentemente dá quando lhe surgem casos desses.
O medo de que os bebés se tornem «mimados» ou cheios de vícios por dormirem com os pais é infundado, esclarece, «Dormir em família pode ajudar a regular o sono. Os bebés tornam-se mais calmos e os pais mais tranquilos.» Cada bebé é um bebé, diz o médico, e há bebés que «para se sentirem bem, precisam de dormir com os pais.» Outros não. É por isso que Pedro Caldeira da Silva raramente dá conselhos sobre o sono das crianças. «O que eu digo aos pais é: conheça o seu bebé.» Tal como os adultos, «as crianças têm necessidades individuais e características diferentes. Nenhuma regra serve para todas.»
O aumento crescente do número de adeptos do cosleeping levou já a que especialistas cujo nome é sinónimo de credibilidade, como o médico richard ferber, guru norte-americano do sono pediátrico e outrora crítico frontal da partilha da cama entre pais e filhos, revissem as suas teorias. Em meados dos anos 80, ferber publicou um livro - «how to solve your child’s sleep problems» (como resolver os problemas de sono do seu filho) - por muitos considerado uma bíblia, onde espelhou o pensamento dominante sobre o sono dos bebés: para que consigam ver-se como seres independentes, as crianças precisam de aprender a dormir sozinhas. Numa entrevista recente, por altura da reedição do livro, o médico, actual director do centro das perturbações pediátricas do sono do hospital pediátrico de boston, afirmou que aquela é uma frase que gostaria de nunca ter escrito: «era a ideia que dominava na altura, não era sequer a minha experiência nem a minha filosofia.» As coisas mudam e ferber defende agora que, «desde que resulte», cada família sabe o que é melhor para si em termos de rotinas de sono. Se a escolha recair sobre o cosleeping, muito bem, senão, muito bem
Mas o estigma contra a partilha da cama é forte. «Dormir com os pais dá às crianças uma sensação de segurança que acho que é fundamental elas terem.» De resto, tudo se resume a uma escolha pessoal: «Quero estar disponível para os meus filhos, sempre.» Noites incluídas. Natália não acredita que o cosleeping possa ter consequências negativas.
A atitude negativa da sociedade em geral e dos profissionais em particular sobre o cosleeping não tem fundamento científico, acrescentando: «É um desejo legítimo querer dormir com os filhos e, excluindo situações de potencial risco para a morte súbita, não há razão nenhuma para que não se possa fazê-lo.»
Desaconselhar (ou aconselhar!), genericamente, o cosleeping é, por isso, simplista. «Os especialistas metem-se muito onde não são chamados, inclusive na cama dos pais. Há muitas maneiras de adormecer um bebé.»
O medo de que os bebés se tornem «mimados» ou cheios de vícios por dormirem com os pais é infundado, esclarece, «Dormir em família pode ajudar a regular o sono. Os bebés tornam-se mais calmos e os pais mais tranquilos.» Cada bebé é um bebé, diz o médico, e há bebés que «para se sentirem bem, precisam de dormir com os pais.» Outros não. É por isso que Pedro Caldeira da Silva raramente dá conselhos sobre o sono das crianças. «O que eu digo aos pais é: conheça o seu bebé.» Tal como os adultos, «as crianças têm necessidades individuais e características diferentes. Nenhuma regra serve para todas.»
O aumento crescente do número de adeptos do cosleeping levou já a que especialistas cujo nome é sinónimo de credibilidade, como o médico richard ferber, guru norte-americano do sono pediátrico e outrora crítico frontal da partilha da cama entre pais e filhos, revissem as suas teorias. Em meados dos anos 80, ferber publicou um livro - «how to solve your child’s sleep problems» (como resolver os problemas de sono do seu filho) - por muitos considerado uma bíblia, onde espelhou o pensamento dominante sobre o sono dos bebés: para que consigam ver-se como seres independentes, as crianças precisam de aprender a dormir sozinhas. Numa entrevista recente, por altura da reedição do livro, o médico, actual director do centro das perturbações pediátricas do sono do hospital pediátrico de boston, afirmou que aquela é uma frase que gostaria de nunca ter escrito: «era a ideia que dominava na altura, não era sequer a minha experiência nem a minha filosofia.» As coisas mudam e ferber defende agora que, «desde que resulte», cada família sabe o que é melhor para si em termos de rotinas de sono. Se a escolha recair sobre o cosleeping, muito bem, senão, muito bem
Mas o estigma contra a partilha da cama é forte. «Dormir com os pais dá às crianças uma sensação de segurança que acho que é fundamental elas terem.» De resto, tudo se resume a uma escolha pessoal: «Quero estar disponível para os meus filhos, sempre.» Noites incluídas. Natália não acredita que o cosleeping possa ter consequências negativas.
A atitude negativa da sociedade em geral e dos profissionais em particular sobre o cosleeping não tem fundamento científico, acrescentando: «É um desejo legítimo querer dormir com os filhos e, excluindo situações de potencial risco para a morte súbita, não há razão nenhuma para que não se possa fazê-lo.»
Desaconselhar (ou aconselhar!), genericamente, o cosleeping é, por isso, simplista. «Os especialistas metem-se muito onde não são chamados, inclusive na cama dos pais. Há muitas maneiras de adormecer um bebé.»
2 comentários:
a minha filha faz 4 anos e, desde que passou para o seu quarto sempre dormiu entre períodos alternados no seu quarto e, no quarto dos pais. Este inverno tem dormido sempre com os pais - mas como diz o seu pediadra "faça o que o seu instinto dizer, desde que se sintam confortáveis com a situação. Por isso, dormir connosco é feito sem culpas, nem traumas. Tabém tenho de confessar o imenso prazer que dá sentir-la ao pé de nós. Mas é sempre bom saber que existem defensores desta prática (aliás já tinha lido alguns artigos sobre essa temática.)a proveito para dar os parabéns pela iniciativa de criar o blog, a escola dos nossos filhos já merecia um espço assim... que se seja importante na troca de experiências.
em nome do blog,agradeço é nosso objectivo passar alguma informação util e claro acima de tudo trocar ideias com os restantes pais do infantário.fico feliz por alguém participar, tenho ideia de que está tudo muito reticente em participar já cheguei a pensar será que os temas têm pouco interesse.
Fica desde ja tb o convite para participar enviando-nos via mail o que achar interessante publicar.
esqueci-me de lhe dizer tenho 2 filhas uma de 2 anos e meio e outra de 1 dormimos todos na mesma cama.
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