
Sempre que uma grávida produz cortisol, uma hormona que está envolvida na resposta ao stresse, esta pode atravessar a placenta e afectar o bebé. Contudo, ainda não se sabia ao certo se os fetos do sexo masculino e feminino respondiam da mesma forma à hormona. Investigadores na Austrália, acompanharam a gravidez de 132 mulheres asmáticas – que produzem elevados níveis de cortisol sempre que têm um ataque de asma, e 51 mulheres saudáveis. 45 minutos após cada nascimento, os cientistas mediram os níveis de cortisol presente no sangue do cordão umbilical e analisaram os genes associados à resposta do stresse na placenta. Concluiu-se que as meninas filhas de mulheres com asma moderada a grave tinham níveis mais elevados de cortisol no sangue do que as filhas de mulheres saudáveis. No entanto, não foram observadas diferenças nos níveis de cortisol entre bebés do sexo masculino. Os investigadores registaram também que 22,5 por cento das meninas filhas de mães asmáticas eram pequenas para a idade gestacional e apenas 9,5 por cento das filhas de mães saudáveis sofriam do mesmo. Os meninos voltaram a não registar qualquer variação. Esta descoberta poderá conduzir ao desenvolvimento de novos tratamentos para os bebés que estão sob o risco de parto prematuro. Tim Moss, fisiologista, considera que o trabalho tem importantes aplicações clínicas que «poderão ajudar a reduzir a vulnerabilidade dos bebés do sexo masculino».
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